quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cromotipia


O século XIX, o Impressionismo e a vida moderna não seriam os mesmos sem a interferência de dois aliados. Um deles foi a fotografia. A máquina fotográfica ajudou a descobrir o encanto das cenas fortuitas e do ângulo inesperado. Não havia necessidade de a pintura executar a tarefa que um dispositivo mecânico podia realizar melhor e mais barato. Assim, os artistas viram-se cada vez mais compelidos a explorar regiões onde a máquina não podia substituí-los.



O segundo aliado dos impressionistas foi a cromotipia japonesa. No século XVIII, os artistas japoneses escolheram cenas da vida humilde como temas para suas xilogravuras coloridas. Quando o Japão foi forçado, em meados do século XIX, a desenvolver relações comerciais com a Europa e a América, essas estampas podiam ser compradas nas casas de chá. Os artistas do círculo de Manet foram os primeiros a apreciar as estampas e a colecioná-las. Viram nelas uma tradição não-contaminada pelas regras e lugares-comuns acadêmicos que eles lutavam por eliminar.

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